Como artista comecei a explorar inconscientemente os meus medos e agonias, desde minha adolescência tinha uma enorme necessidade de poder “expressar” aquilo que sentia, porque era me difícil fazê-lo verbalmente, e assim desde cedo desenvolvi a minha linguagem visual a base de representações simbólicas e uso de cores fortes, tornei nisso um estilo próprio, mesmo que tecnicamente me tenha apurado, esse sempre é e será a minha mais pura forma de passar uma ideia, critica, sentimento ou conceito.
Maior parte das obras são fruto do meu subconsciente, limitando a fazer ele trabalhar para mim, sem me preocupar com o significado, apenas depois do esboço o meu consciente debate toda a linguagem evolvente na obra e se necessário alterar pequenos detalhes a fim de reforçar a mensagem projectada, sendo essa etapa denomina-te para eu mesma fazer a primeira leitura
Em contrapartida algumas obras passam por uma pré fase de reflexão de um tema específico. Assim minha inspiração vem de momentos que me transtornam, intrigam ou me causam grande emoção. E também de notar alteração do registo e tipo de linguagem que me é característico a fim de a transmitir outras ideias da forma que acho adequada, mesmo que passe do simbolismo para o conceptual ou abstracto etc. Não tenho o objectivo criar uma linha de montagem saturante para satisfazer o mercado.
Tenho como objectivo fazer o espectador reflectir e sentir um determinado assunto, porem livre de seguir sua própria interpretação, sendo chaves importantes a sua cultura, a vivência e seu sentido primitivo, o subconsciente. Desta forma subtil, minhas obras tem uma parte intelectual importante e não apenas só emocional.